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Yamandu Costa leva o brilho de seu violão aos palcos do Celtic Connections

27/01/2017

 

Um gênio do violão de 7 cordas, que mais parece a extensão de seu próprio corpo, Yamandu Costa incursiona de maneira admirável por diferentes gêneros musicais. Ovacionado por sua destreza e criatividade pelo público, a crítica internacional e instrumentistas, o artista gaúcho, de 37 anos, é dono de um estilo de interpretação que esbanja elegância e virtuosismo, dando novos ares a clássicos da música popular e erudita, ou brilhando na apresentação de composições de sua autoria.

Explorando todas as possibilidades de seu instrumento, sua música rompe fronteiras. Com a mesma maestria, o refinado músico toca choro, samba, música erudita, Bossa Nova, ritmos nordestinos ou do Sul do Brasil, onde foi criado, como as milongas, os chamamés e tangos. Sozinho ou ao lado de grandes nomes – como Hamilton de Holanda, Paulo Moura, Richard Galliano ou Naná Vasconcelos – ou ainda como solista de grandes orquestras, como a Nacional de Paris e as sinfônicas de Paris e Calgary, ele brinda as plateias com performances vibrantes, em concertos que têm sempre lotação esgotada.

Em 2016, foi duas vezes vencedor do Prêmio da Música Brasileira, na categoria instrumental, com o álbum “Tocata à amizade”, onde rende homenagem aos músicos que admira e ao próprio instrumento. A ideia de gravá-lo surgiu a partir do convite que o Museu do Louvre fizera em 2011, quando encomendou a Yamandu uma obra que retratasse a alma brasileira. O violonista compôs, então, “Impressões brasileiras”, para a formação de quarteto – violões, acordeom e bandolim – em que reuniu Alessandro Kramer, Luis Barcelos e Rogério Caetano.

A peça se tornou a faixa de abertura do trabalho, que traz ainda duas outras novas composições suas, o choro “Boa Viagem” e “Negra bailarina”, “Pedra do Leme” (em que reverencia Raphael Rabello na parceria com Toquinho), “Graúna” (do violonista e compositor pernambucano João Pernambuco) e fecha com a “Suíte Retratos”, do compositor, músico e maestro Radamés Gnattali, uma de suas grandes maiores influências artísticas.

“A meu ver, esta obra-prima do Radamés retrata perfeitamente o diálogo entre as escolas da música erudita e popular”. A suíte presta homenagem aos compositores Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga. “Escolhi fechar o CD com esta obra de arte do Radamés, que acho ser a peça mais bem escrita dele. Ensaiamos muito para chegar nesse resultado muito livre que está no disco. Fiquei muito feliz com o resultado”, declarou, por ocasião do lançamento do CD.

Com 20 álbuns lançados, Yamandu Costa recebeu várias indicações a prêmios, uma delas em 2010, por “Luz da Aurora”, que divide com o bandolinista carioca Hamilton de Holanda e foi indicado ao Grammy Latino. Os dois artistas demonstraram seus talentos em uma das primeiras edições do MIMO Festival, que agora os apresenta, em concertos separados, na seleção brasileira do Showcase Scotland, do festival Celtic Connections, em Glasgow. Além da apresentação que fará esta noite em St Andrew’s in the Square, o violonista é convidado especial do concerto “World strings”, a ser realizado no Royal Concert Hall neste sábado.

Um dos mais requisitados artistas contemporâneos do Brasil a se exibir nas principais salas, teatros e festivais do mundo, Yamandu já realizou concertos na França, em Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Áustria, Suíça, Holanda, Suécia, Noruega, Finlândia, Estônia, Eslovênia, Rússia, Lituânia, Sérvia, Grécia, Macedônia, Israel, Chipre, Índia, China, Japão, Coréia do Sul, Zimbabwe, Cabo Verde, Angola, Emirados Árabes, Austrália, Canadá, Equador, Cuba, Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai e Costa Rica e Estados Unidos.

Primeiros anos

Yamandu nasceu em Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul, em 1980. Ainda menino, aos 7 anos de idade, começou a estudar violão com o pai, Algacir Costa, líder do grupo “Os Fronteiriços” e veio a aprimorar seus estudos de violão com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os 15, sua única escola era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai.

Depois de ouvir Radamés Gnatalli, Yamandu começou a procurar por outros mestres da MPB, como Baden Powell, Tom Jobim e Raphael Rabello, e se abriu para a música de outras regiões do país. Aos 17 anos, fez a sua estreia no Circuito Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, produzido pelo Estúdio Tom Brasil. Naturalmente, todos se renderam à sua arte: indubitavelmente, Yamandu era a revelação do violão brasileiro. Era o início de uma longa e sólida trajetória.

 

Saiba mais sobre o artista no site yamandu.com.br


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