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Roberta Sá apresentará ‘Delírio’ no Celtic Connections

24/01/2017

Por Deborah Dumar

A intérprete brasileira encantou o mundo, ao surgir no estádio do Maracanã na cerimônia de encerramento da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, caracterizada como Carmen Miranda. Cantando um dos maiores sucessos da Pequena Notável, “Tico-tico no fubá”, sua performance foi transmitida pela TV e internet para todo o planeta e ovacionada pelo público e a mídia.

Agora é a vez de a Escócia conhecer o seu talento. Roberta Sá, uma das vozes de maior destaque em sua geração, é uma das atrações que representarão o Brasil, através do MIMO Festival, no Showcase Scotland 2017, do Celtic Connections. 

Ela fará duas importantes apresentações em Glasgow. Um concerto no dia 27 de janeiro, no Drygate Brewery, e a participação especial – a convite da direção do festival escocês – na noite dedicada aos talentos femininos da cena musical, “The women of song”, dia 28 no Royal Concerts Hall.

Indicada ao Grammy Latino pelo álbum “Delírio”, o quinto de estúdio em dez anos, a cantora percorreu vários estados do Brasil, Montevidéu e algumas das principais capitais europeias – Londres, Paris, Amsterdã, Lisboa e Madri, para divulgá-lo. Dias antes de embarcar para a Escócia, para participar do Spotligh Brazil, do Celtic Connections, ela fez um show ao ar livre, na Praia de Ipanema, para a crescente legião de admiradores.

Lançado no segundo semestre de 2015, o disco amplia o repertório de Roberta Sá, com oito faixas inéditas entre as onze selecionadas, trazendo composições de seus contemporâneos e obras de nomes consagrados da música popular brasileira. Entre os autores, estão Moreno Veloso, Quito Ribeiro, Rodrigo Maranhão, Cézar Mendes, Rafael Rocha, Baden Powell e Paulo César Pinheiro. A cantora e compositora Adriana Calcanhoto marca presença neste trabalho com a música “Me erra”.

Estreita ligação com o samba

“Delírio” tem as participações de Chico Buarque (“Se for pra mentir”, de Cézar Mendes e Arnaldo Antunes), Martinho da Vila (“Amanhã é sábado”, de autoria do sambista) e Xande de Pilares (“Boca em boca”, dela e do artista) e, ainda, do celebrado artista português António Zambujo (em “Covardia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago).

O sucesso do álbum levou Roberta Sá a produzir o registro ao vivo da turnê no ano passado, em uma das mais populares casas de espetáculos do Rio de Janeiro, o Circo Voador. Ela lançou o CD e DVD “Delírio no Circo”, em que sua ligação com o samba é reforçada e reúne composições do disco de estúdio e canções que marcaram a sua trajetória. O show lotado foi transmitido direto pelo Canal Bis e a internet.

“Como ‘Delírio’ é um disco de muitas músicas inéditas, quando a gente gravou, elas ainda estavam muito frescas na nossa cabeça. Isso tem um valor, mas, quando a gente vai para a estrada, ganha intimidade com o repertório. As músicas passam a ter mais da personalidade, da vivência de cada músico que está ali”, disse, por ocasião do lançamento do novo projeto, para o qual convidou Martinho da Vila e Moreno Veloso para cantar com ela.

Aos músicos da banda que a acompanharam – Alberto Continentino (baixo), Marcos Suzano e Paulinho Dias (percussão), Luís Barcelos (bandolim e cavaquinho) e Rodrigo Campello (diretor musical, violão tenor e violão de 7 cordas) – se juntaram os percussionistas Armando Marçal e Paulino Dias.

O DVD traz 20 canções de diferentes origens, como explica a artista. “Essa miscelânea é uma curadoria de tudo o que eu ouvi e gostei, entre um projeto e outro. Meu repertório é muito montado a partir dos encontros que acontecem na minha vida ou que eu procuro, que eu faço acontecer”, acrescenta ela, que fez a regravação de um clássico do repertório da veterana cantora de samba Alcione, “Gostoso veneno”, dos mestres Wilson Moreira e Nei Lopes.

Do programa de calouros à trilha de novela 

Roberta Sá nasceu no Rio Grande do Norte, na cidade de Natal, em 1980, mas, ainda criança, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.  Desde a infância, ouvia rock, regionais e música popular brasileira. Aos 16 anos, começou a frequentar aulas de canto e, durante a temporada que passou em Missouri (EUA), estudou canto coral.

De volta ao Brasil, tornou-se aluna de Vera Maria do Canto e Melo, que a estimulou a entrar no programa de calouros “Fama”, em 2002. Ela não chegou à final, mas foi onde conheceu Felipe Abreu, que acabou se tornando seu preparador vocal e a incentivou a realizar um show na casa noturna Mistura Fina, indicando Rodrigo Campello para produzir uma demo, com arranjos de Paulo Malagutti.

O trabalho caiu nas mãos do famoso dramaturgo Gilberto Braga, da Rede Globo, que a convidou a gravar “A vizinha do lado”, de Dorival Caymmi, para a trilha da novela “Celebridade”. O frescor de sua interpretação agradou bastante e daí para o álbum de estreia, “Braseiro” (2004), foi um pulo.

O projeto seguinte, “Que belo estranho dia pra se ter alegria”, chegou ao mercado em 2007 e rendeu à jovem intérprete recebeu indicações ao Grammy Latino em duas categorias, “Artista revelação do ano” e “Melhor álbum de MPB”, e o cobiçado troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte, como melhor cantora de 2007. Dois anos depois, Roberta Sá reuniu o repertório dos dois primeiros álbuns no show “Pra se ter alegria”, dirigido pelo cantor e compositor Pedro Luís.

Em 2010, ela voltou ao estúdio para gravar com o renomado Trio Madeira Brasil o álbum “Quando o canto é reza”, em que homenageia o compositor baiano Roque Ferreira. O disco traz diferentes ritmos brasileiros, a exemplo do coco, maxixe, samba carioca, maracatu, samba-de-roda e 13 canções do compositor.

No final de 2011, Roberta ultrapassou a marca de 200 mil discos vendidos, com dois CDs e um DVD de Ouro, e continuou a se apresentar por vários estados brasileiros e em Portugal. Um novo disco foi lançado em 2012, “Segunda pele”, mesmo ano em que ela recebeu o Prêmio da Música Brasileira na categoria “melhor cantora de MPB”.

Saiba mais sobre a artista no site oficial robertasa.com.br

Para mais informações: celticconnections.com


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