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MIMO chega em novembro ao Rio e Olinda com programação gratuita

25/10/2016

Por: Deborah Dumar

Depois de percorrer Tiradentes, Ouro Preto e Paraty, o MIMO Festival está de volta ao Rio de Janeiro a partir de 11 de novembro, com programação inteiramente gratuita e atrações imperdíveis. Mais uma vez, ocupando com excelência espaços do patrimônio histórico – igrejas, parques, praças e museus – como acontece nas cidades históricas brasileiras por onde passa, desde que foi criado em 2004.  Serão três dias de música, cinema, atividades da Etapa Educativa, palestras do Fórum de Ideias e Chuva de Poesia. Em seguida ao Rio, o MIMO retorna em grande estilo para Olinda, cidade de origem do festival, que também terá atrações exclusivas a partir do dia 18.

No Rio de Janeiro, além dos concertos de artistas mundialmente consagrados nas igrejas da Candelária, Santa Cruz dos Militares, São Francisco da Penitência e Outeiro da Glória, o MIMO será realizado em um dos mais belos cartões-postais do Rio, a Praça Paris, onde dois palcos serão montados.

Inspirada no jardim do Palácio de Versalhes (França), a praça tem ainda uma vista privilegiada para a igreja do Outeiro da Glória. “O MIMO é um festival intrinsecamente associado ao patrimônio, à cultura, a bens culturais e à educação. A partir de Olinda, traçou o seu caminho por importantes cidades históricas brasileiras: Recife, João Pessoa, Ouro Preto, Paraty e Tiradentes. O Rio de Janeiro faz parte de todos os capítulos da História do Brasil. É Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Considerando os valores do MIMO, achamos natural realizá-lo aqui desde 2015″, afirma Lu Araújo, diretora-geral do festival.

Palco Se Ligaê é uma das novidades deste ano 

O concerto de abertura mais uma vez será realizado na Igreja da Candelária, onde os renomados pianistas portugueses Mário Laginha e Pedro Burmester se apresentarão em dois pianos às 18h30 do dia 11 de novembro. Por sua vez, Antonio Nóbrega apresentará “Um recital para Ariano”, às 19h no Auditório Arinos Ramos Ferreira, no Espaço BNDES. O espetáculo é uma viagem musical que rende homenagens ao imortal romancista, dramaturgo, poeta e professor brasileiro Ariano Suassuna (1927-2014), com quem Nóbrega atuou, como integrante do Quinteto Armorial, e conviveu ao longo dos anos.

A 13 edição do MIMO terá dois palcos com atrações na Praça Paris. O principal estará voltado para a Baía de Guanabara e nele se apresentarão o cantor e compositor Mário Lúcio (Cabo Verde), a rainha da cúmbia Totó la Momposina (Colômbia), Pablo Lapidusas International Trio (Argentina/Cuba/Portugal), Bixiga 70, a voz do highlife Pat Thomas & a Kwashibu Area Band (Gana), o duo de jazz Jacky Terrason & Stéphane Belmondo (França) e o cantor Ney Matogrosso, que fará o encerramento ao ar livre com o show “Atento aos sinais”.

O palco “Se Ligaê”, que é patrocinado pelo Bradesco, será montado sobre o lago e abrigará raros encontros musicais, como os de Simone Mazzer & Alice Caymmi, Jards Macalé & Otto, João Bosco & Hamilton de Holanda, Guinga & Leila Pinheiro e Monica Salmaso, Chico César & Miguel Araújo, um dos artistas mais cotados no panorama atual da música portuguesa. O “Se Ligaê” também terá uma edição em Olinda, com a presença de Leo Gandelman & Paula Lima, a cantora pernambucana Isaar, o multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo e o cantor Zeca Baleiro, que preparou um concerto intimista e exclusivo para o MIMO Festival.

Dois grandes nomes da atualidade que também participam da 13ª edição do MIMO Festival em Olinda são os Violons Barbares (França/ Bulgária/Mongólia) e o grupo Sons of Kemet (Inglaterra). Os Violons Barbares é a mais nova sensação dos festivais europeus, alcançando uma sonoridade inédita com os instrumentos típicos de suas regiões, como a gadulka e o morin khuur, que lembra a cabeça de um cavalo, e a alegre presença de seus integrantes. Por sua vez, o grupo londrino, com nome inspirado na antiga cultura egípcia, reúne alguns dos músicos mais progressistas do novo cenário do jazz, que produzem um som eloquente, feroz e explosivamente funk, ao misturar elementos da música de New Orleans e a complexidade percussiva do Oeste Africano com sabores do dub caribenho.

Filmes inéditos com temática musical

O Festival MIMO de Cinema exibirá este ano 27 filmes inéditos no circuito comercial e que têm a música como protagonista. A curadoria é da cineasta Rejane Zilles, que selecionou curtas e longas, que abordam desde o forró até o rock, nos gêneros ficção e documentário. No Rio de Janeiro, os filmes serão exibidos no Cine Odeon, nos mesmos dias dos concertos (entre 11 e 18 de novembro). Entre os 19 títulos selecionados, destacam-se “Perdido em Júpiter”, de Deo, “Time will burn – O rock underground brasileiro do começo dos anos 90”, de Marko Panayotis e Otavio Sousa, “Serra do Caxambu,  de Márcio Brito Neto, “Cacaso na corda bamba”, de José Joaquim Salles e PH Souza, “Chico Science, caranguejo elétrico”, de José Eduardo Miglioli, e “As incríveis artimanhas da Nuvem Cigana”, de Claudio Lobato e Paola Vieira.

Em Olinda, será montada a tradicional Tenda no Mercado da Ribeira e também haverá sessões no telão do pátio da Igreja da Sé. São 15 títulos, de que podemos destacar “Sete corações”, de Dea Ferraz, , ‘Waiting for B.”, de Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel, , “Caminhos do coco”, de Joice Temple, e o longa “Chico Science, caranguejo elétrico”.

A todas essas atividades, devemos acrescentar, as da Etapa Educativa, como as aulas-espetáculo do MIMO Para Iniciantes, workshops e masterclasses que serão ministradas por artistas que se apresentam nesta 13ª edição do MIMO Festival, as palestras e debates do Fórum de Ideias sobre o tema “Lugares de memória”, mediado por Mário Lúcio Sousa nas duas cidades, e a festejada Chuva de Poesia, que ingressou na programação em 2013 e este ano homenageia os poetas portugueses Teixeira de Pascoaes, Mário de Sá-Carneiro, Mario Cesariny e António Maria Lisboa.

Confira toda a programação no site do festival (mimofestival.com)


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